jueves, 27 de junio de 2013

Aprendendo a Receber

APRENDENDO A RECEBER (22-07-12)

João 19:23-37

“É muito mais fácil dar, que receber” Estas palavras soaram ontem à noite, na minha pregação, na Primeira Igreja do Evangelho Quadrangular de Londrina, Paraná, Brasil, gerando expectativa em muitos ouvintes. Pareço ouvir a Paulo dizendo “Nós somos tolos por causa de Cristo, mas vocês são sensatos em Cristo! Nós somos fracos, mas vocês são fortes! Vocês são respeitados, mas nós somos desprezados!”.

Com certeza, mais de um deles deve ter-se perguntado: Que estará querendo dizer com isso?

Os pregadores tem essa característica, a de ser radicais no que cremos, deixando muitas vezes a muitos até confusos, perplexos, e contrariados. Ninguém de nós pode se gabar que não comete radicalismos em alguma ocasião.

Na realidade, a própria exposição do primeiro grupo encontrado em João 19: 23 denuncia, aparentemente, o contrário da minha declaração. Certamente, é fácil receber; todo o mundo gosta receber, porém dar é o que é difícil. Mas, isto, no plano estritamente material. A minha referencia era absolutamente em termos de aprender a receber de uma autoridade, tanto o que queremos e gostamos quanto o que nos seja difícil de aceitá-lo.

Este grupo, declarei, está composto pelos que ‘despojam’ Cristo de bênçãos para se cobrirem em suas necessidades, pela simples razão de estarem às ordens do ‘Império do Consumismo’, comparado com os soldados de Roma.  

O segundo grupo encontrado, esta vez no versículo 24, é o dos que imaginam poder alcançar algo de Deus com o seu sacrifício e poder de aquisição pessoal.

O terceiro grupo trata-se de mulheres e homens, e especialmente uma delas ‘vista’ por Jesus aos pés da Cruz, e o “Discípulo Amado”, ambos que haviam experimentado uma genuína relação de amor com o Senhor, e estavam qualificadas para rebeber e ensinar a outros a receber.

Aqui enfatizei que todos nós, cristãos, temos uma María que é a nossa cojuntura superior para cuidar de nós, corrigir-nos, ensinar, disciplinar, e a quem obedecer, e outra cojuntura inferior a qual servir da mesma maneira.

Considero que a maioria de nós não sabe receber, nem tem paciência em receber de um superior, nem confia em que ‘uma mulher’ (vaso frágil, ou pessoa aos nossos olhos deficiente ou incapaz) possa ter alguma coisa boa para corrigir, orientar, disciplinar e ensinar-nos a caminhar debaixo obediência ao Senhor. A tendencia humana majoritária é a de nos esforçar para alcançar as coisas, para logo, quando dermos, nos gabar ou autossatisfazer consciente ou inconscientemente como conquista própria. 

Jesus, finalmente, "entregou" tudo: Roupas, seu sustento de vida humana ao sentir sede e desfalecer pela falta de água, ao doar ao discípulo a sua mãe e à sua mãe ao "discípulo amado", os seus maiores amores na terra, e ainda, entregando o seu espírito: única coisa que ninguém pode apreender no seu próprio esforço e habilidade.    

Como complemento para afirmar que nada do nosso é suficiente e capaz de salvar-nos, e que Cristo não espera que façamos algo que nos custe, para alcançarmos a Sua graça, mostrei que Ele primeiramente foi despojado de suas vestes, depois sentiu sede; tudo para nos cobrir adequadamente, e satisfazer suficientemente, e ainda, entregou o Espírito ao Pai, para nós hoje pudéssemos ter dentro de nós esse Espírito completamente doador, servidor e acobertador e fazer de nós, como João, sejamos pessoas que aprenderam a RECEBER (hospedar) em seus corações, casas, e outros meios a María, na figura dos pastores e servos de Deus maduros, para lhes abençoar e orientar espiritualmente no que nos ajudará a mudar, e a João para servi-lo no amor de Jesus.

Reforçando a visão de que Jesus sozinho deu conta de nossa salvação, cobertura de necessidades elementares, e de quanta benção nos fosse necessária para a vida, revelei que a expressão “nenhum de seus ossos será quebrado”, profetizava a suficiência de nosso Salvador e a incompetência humana em nos salvar.

Pr. Tito

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